Automação de processos: low-code, RPA e DPA. Entenda!
Descubra como a automação de processos, quando associada à governança e ferramentas adequadas, pode contribuir para que você alcance melhores resultados.
Em um mundo que sofreu transformações significativas nos últimos anos, principalmente no decorrer de 2020, é sabido que tecnologia e automação de processos são uma realidade. Na mesma velocidade em que o mundo evolui, as empresas também precisam evoluir. Não é por acaso que a velocidade se tornou um pilar essencial dos negócios. Mas como alcançar velocidade dentro da sua empresa? Em tecnologia de negócios, a velocidade pode ser traduzida na prática como: padronização e automação de processos. Por meio de boas práticas e suporte especializado — os departamentos de TI, sozinhos, não conseguem suprir essa demanda —, as empresas conseguem criar um ambiente favorável para a fluidez e eficiência das suas operações. Neste artigo, vamos falar um pouco mais sobre automação de processos, plataformas RPA e DPA e low-code. Continue a leitura para conhecer mais sobre o assunto e começar a aplicar ferramentas de inovação na sua empresa.
Low-code: entenda esse conceito
A expressão “low-code”, traduzida livremente como “código baixo”, foi criada em 2014 para designar plataformas com interfaces de desenvolvimento baseadas Graphical User Interface — GUI. Essas plataformas permitem um trabalho de codificação mais tradicional, sem a necessidade de conhecimento de linguagem de programação. O low-code usa uma interface gráfica para o usuário, eliminando a necessidade de criação de estruturas e vinculação de diferentes bancos de dados, por exemplo. Esse conceito tornou o desenvolvimento mais fácil e simples, e até mesmo usuários sem conhecimento em codificação podem desenvolver aplicativos usando o low-code.
Plataformas RPA e DPA: low-code
As plataformas Robotic Process Automation (RPA) e Digital Process Automation (DPA) são utilizadas na automação de processos de empresas para buscar mais eficiência operacional, aprimorando processos com o propósito de atender aos prazos apertados e exigências do mercado. Quando essas plataformas têm a característica de serem low-code, é possível o desenvolvimento de soluções de negócios sem exigência de conhecimento técnico por parte do desenvolvedor. Logicamente, a adoção de ferramentas simples para a automação de processos de negócios constitui uma excelente estratégia para cada uma das áreas ou departamentos da empresa desenvolverem por si as aplicações que tornarão seu trabalho mais produtivo. E os responsáveis pelo desenvolvimento de processos de negócios têm à sua disposição diferentes opções de tecnologia para automação de processos, que podem ser utilizadas individualmente ou combinadas.
Plataformas RPA e DPA: características
As plataformas RPA e DPA têm características diferentes entre si. A seguir, detalhamos um pouco mais sobre cada uma delas.
RPA
As plataformas RPA —Robotic Process Automation— são indicadas para automatização de tarefas humanas, reproduzindo transações passo a passo. Por isso, são indicadas para automatizar tarefas repetitivas, sempre iguais do início ao fim. O mercado para as ferramentas RPA é o mais quente hoje quando se fala em automação de processos, e deve chegar a 48 bilhões de dólares até 2025. Os robôs virtuais desse tipo de software fazem o trabalho monótono, que a maioria das pessoas não gosta muito de fazer, eliminando muitas horas de trabalho e erros humanos em operações burocráticas, que costumam consumir muito tempo. Tipicamente, são utilizados em qualquer setor da empresa que execute tarefas repetitivas.
DPA
As plataformas de automação de processos digitais (DPA – Digital Process Automation) estão intrinsecamente ligadas à transformação digital, hoje essencial para que as empresas sejam bem-sucedidas junto ao novo consumidor, em um mercado cada vez mais dinâmico. Algumas dessas plataformas de DPA são plataformas low-code, o que significa que não é necessário conhecer a linguagem de programação para utilizá-las no desenvolvimento de processos digitais. De acordo com relatório do Gartner do segundo trimestre de 2019, analisando o mercado global de plataformas low-code, elas oferecem ganhos de produtividade muito atraentes para o desenvolvimento de aplicações automatizadas por parte de profissionais ou leigos, além de todos os benefícios da velocidade de entrega. O relatório aponta, ainda, que até 2024, 75% das grandes empresas usarão pelo menos quatro ferramentas low-code para o desenvolvimento de soluções tanto pelos profissionais de TI quanto por leigos. A projeção é que, até aquela data, essas plataformas serão a base de 65% das atividades de desenvolvimento de aplicativos.
Plataformas low-code: mercado global
O mercado global de plataformas low-code para automação de processos digitais conta com mais de 200 fornecedores, alguns deles grandes players do mercado global de TI. Estima-se que o total de vendas dessas plataformas vai alcançar US$ 21,2 bilhões em 2022, avançando a uma taxa composta de crescimento anual de 40%, de acordo com um relatório da Forrester publicado em novembro de 2017. Dentro desse universo de plataformas low-code, poucas são as que automatizam processos complexos de forma visual e intuitiva, como é o caso da plataforma Zuri, que foi desenvolvida para o usuário de negócios. Existem, no mercado, algumas plataformas fáceis de usar, mas que resolvem problemas simples, ou ferramentas que resolvem problemas complexos, mas que dependem de desenvolvimento e acabam não atendendo em prazo e custo. Outra pesquisa do Gartner, publicada em outubro de 2019, mostra que o “principal caso de uso de utilização das ferramentas low-code é a criação de formulários ou aplicativos de coleta de dados, vindo em seguida a orquestração de processos e fluxos de trabalho; as plataformas low-code são também bastante utilizadas quando se trata de automatizar processos em substituição ao uso tradicional de papel, e-mail ou planilhas.”
Plataforma Zuri
A plataforma Zuri é um bom exemplo dessa tendência. Capaz de criar uma solução em sete minutos, vem sendo usada por grandes empresas de todos os setores de atuação. Uma boa ferramenta low-code contribui para a automação de processos sem grandes problemas para a maioria das organizações. Mas, de qualquer forma, cabe a pergunta: será que funcionários administrativos ou técnicos de diferentes áreas de negócio, sem qualquer noção de TI, podem desenvolver aplicações que funcionam? Será que, no fim, isso é mesmo melhor do que esperar prazos mais longos das equipes especializadas? A resposta a essa questão vem da Forrester: “profissionais das mais diversas áreas de negócio podem, sim, desenvolver aplicativos de maneira confiável. E, com essas aplicações e soluções, conseguem um desempenho muito melhor do que poderiam obter com software de produtividade pessoal.” Utilizam ferramentas de desenvolvimento projetadas para pessoas como eles — e não para profissionais de desenvolvimento — que incluem funcionalidades como:
- “arrastar e soltar”;
- interfaces tipo Excel;
- modelos que definem, por exemplo, formulários, integrações e lógica.
Governança: entenda a importância
É claro que a proposta não é de liberdade total e absoluta para quem quiser desenvolver o que lhe pareça mais adequado. Tudo depende do quanto cada aplicação está alinhada com os objetivos da empresa. Veja o que sugere o Gartner:
Fonte: Gartner, outubro 2019. ID: 389129
Nesse gráfico, a zona verde, de maior tolerância, compreende os aplicativos de menor complexidade e de uso mais restrito. À medida que os aplicativos “crescem” em complexidade, e quando seu uso é mais disseminado, passamos à zona amarela, em que se recomenda o desenvolvimento conjunto com profissionais de TI e supervisão quanto ao seu uso: a partir do nível departamental, não há mais a liberdade verde. O “perigo”, vermelho, requer mais cuidado por parte da administração e, definitivamente, a participação da TI. Finalmente, o que estiver marcado em preto ultrapassa todos os limites do desenvolvimento independente. Em suma, percebemos que todas as médias e grandes empresas devem fazer uso de plataformas de automação de processos pelo fato da existência de tarefas repetitivas, tarefas de rotina. Empregar automação de processos gera inúmeros benefícios, como:
- acelerar o time-to-market de empresas, trazendo novos produtos e inovações ao mercado muito mais rapidamente, enquanto diminui o tempo para iniciar o payback de investimentos;
- rápida experimentação — testar rápido e ajustar rápido;
- agilidade na criação de MVP — Minimum Viable Product;
- insights de negócios com Inteligência Artificial e serviços de análise em dados estruturados;
- diminuição de risco operacional — menos e-mails, planilhas, retrabalho, mais compliance.
Logo de cara, sabemos que automatizar tarefas repetitivas é algo que nos permite fazer o que é mais importante, o que é mais estratégico e o que agrega mais valor ao negócio. Automatizar tarefas é abrir campo para se tornar essencial para o negócio. Como você pode ver, a automação é fundamental em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo. Com o suporte de empresas especializadas, é possível alinhar e organizar processos, estabelecer objetivos e alcançar resultados favoráveis na competitividade e eficiência da sua empresa. Interessado em saber mais sobre como criar soluções de automação de processos de negócios? Entre em contato com os especialistas da Zuri e saiba mais.
Referências:
- RPA Market Size Worth $3.97 Billion by 2025 | CAGR: 31.1%, Garandview Research, abril de 2019 https://www.grandviewresearch.com/press-release/global-robotic-process-automation-rpa-market
- Gartner, Magic Quadrant for Enterprise Low-Code Application Platforms, agosto de 2019. Analistas: Paul Vincent, Kimihiko Iijima, Mark Driver, Jason Wong, Yefim Natis
- Computerworld, 12/02/2019, Clint Boulton, disponível em https://computerworld.com.br/2019/02/12/desenvolvimento-low-code-o-modelo-lego-para-construcao-de-software/
- Gartner, The Future of Apps Must Include Citizen Development, outubro de 2019. Analistas: Jason Wong, Mark Driver, Saikat Ray
- The Forrester Wave: Low-Code Platforms For Business Developers, Q2 2019 .The 12 Providers That Matter Most And How They Stack Up, junho de 2019. John R. Rymer, Christopher Mines, Sara Sjoblom e Andrew Rees